sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Franqueza

Sem inspiração, mas com a necessidade de exorcizar...

Na verdade inspiração há, mas não exatamente por essa válvula é que gostaria de dar vazão,

Se necessário fosse, com muito empenho, seria ameno...
mas não há em mim este desejo, ao menos hoje...

Hoje encontro-me absorto com a capacidade do ser, chamado, erroneamente de humano...

Sem sacrifício gastaria horas a fio descrevendo suas atrocidades, mas felizmente, num lampejo de lucidez, compreendo que não existe sentido para tal investimento...

A pequenez seria enaltecida com esse desperdício...
Chocante é deparar tão de perto com isso...

Meu maior pavor, minha absoluta temeridade é agir da mesma forma, sem me dar conta...

Imagino que essa preocupação, já seja suficientemente redentora ao ponto de me impedir de, identificando o erro, comete-lo

Mas é aterrorizante constatar o cinismo, de quando identificado, o autor se alega inocente, justifica-se pela boa fé, cometer o erro, buscando o acerto...

Dói mas procuro, mesmo não conseguindo hoje, manter todos os meus erros cativos a minha absoluta consciência,

Não os aprecio, mas com consciência os cometo, e há de chegar o dia que, livremente como desejo, não os precise cometer...

Mas busco encontrar-me livre, por trazer nesse período, esta preocupação, com dores terríveis, só minhas, mas consciente.

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